segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Terapia Gênica e Atualidades



      A tecnologia básica envolvida em qualquer aplicação da terapia gênica é a transferência gênica. Vários métodos atuais de transferência gênica e suas vantagens e desvantagens estão listados nas tabelas mais adiante. A maneira mais simples de transferir genes para células e tecidos é por meio da inoculação de DNA puro, com técnicas de micro-injeção; eletroporação e o método bio-balístico. Métodos mais elaborados e mais eficientes incluem a administração de DNA encapsulado; ou através de vetores virais, que podem ser fragmentos de DNA de vírus contendo o DNA a ser transferido; ou mesmo a partícula viral formada por proteínas virais empacotando um DNA viral modificado de maneira a tornar o vetor menos tóxico, menos patogênico ou não-patogênico.
     A palavra vetor, que deriva do Latim vector (.aquele que carrega, entrega.) define o agente que constitui ou contém os genes a serem transferidos e expressos em uma célula receptora. Os diversos tipos de
vetores são utilizados com o objetivo de levar o DNA terapêutico ao núcleo das células-alvo. Outra forma de transferência da mensagem genética envolve a entrega de RNA diretamente ao citoplasma das células, mas o RNA é mais instável que o DNA, o que limita a aplicação dessa modalidade de transferência gênica. O uso de mitocôndrias ou DNA mitocondrial (mtDNA) como vetores gênicos citoplasmáticos tem aplicação potencial na reposição do mtDNA a células com deficiência no metabolismo energético da fosforilação oxidativa causada por mutações no mtDNA. Afora o núcleo, a mitocôndria é a única organela que possui seu próprio DNA. Uma questão-chave da terapia gênica é a escolha do vetor adequado a cada situação. Um vetor ideal seria aquele que pudesse acomodar um tamanho ilimitado de DNA inserido, fosse disponível em uma forma concentrada, pudesse ser facilmente produzido, pudesse ser direcionado para tipos específicos de células, não permitisse replicação autônoma do DNA, pudesse garantir uma expressão gênica a longo prazo e fosse não-tóxico e não imunogênico. Tal vetor ainda não existe e nenhum dos sistemas de entrega de DNA atualmente disponíveis para transferência gênica in vivo é perfeito com respeito a qualquer um desses pontos. Até a presente data, quatro sistemas de transferência gênica (DNA plasmidial complexado, vetores retrovirais, vetores adenovirais e vetores baseados no virus adeno-associado) foram os mais usados em tentativas de terapia gênica em humanos, totalizando uma experiência clínica de cerca de três mil pacientes em todo o mundo.


                                  A segurança do procedimento

Este é um problema particularmente evidente para os vetores virais. Alguns destes derivam de
vírus perigosos como o HIV. É então necessário que antes do uso destes vetores sejam submetidos a critérios de segurança, particularmente no que concerne a presença de genes que podem determinar a patogenicidade do vírus utilizado para infectar (transferir o gene desejado) para as células do hospedeiro.
A reação imunitária

Como toda substância estranha, o produto do gene novo, o gene propriamente dito ou seu vetor podem instigar uma resposta imunitária no organismo sob tratamento. Isto pode causar a eliminação das células modificadas geneticamente, ou a inativação da proteína produzida pelo gene novo. No desenvolvimento de estratégias novas de terapia gênica procura-se evitar respostas imunitárias ao vetor ou ao produto do gene introduzido. Se trata de uma tarefa difícil e freqüentemente empírica, mas isso é cada vez mais usado em inovações no campo da imunologia.



Fonte:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Biotecnologia/terapia_genica2.php

Por: grupo 4

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