segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Fantástico falando sobre genética.

O Fantástico aborda a importância da genética, mas de um jeito um pouquinho diferente. O assunto são as células-tronco, uma das grandes apostas da medicina para tratar uma série de doenças. A grande notícia é que esses tratamentos começam a sair do papel. Esta semana, cientistas americanos anunciaram um grande avanço no tratamento da leucemia. Uma revolução de verdade.
 
Trazer o filho ao mundo e dar a outros pais a chance de verem seus filhos crescerem: “Estou feliz, porque vou voltar a minha vida normal. Vou fazer minhas coisas normalmente, ir à praia, uma coisa que eu não faço há muito tempo”, conta Gabriel Lobo Lima, de 15 anos.

Na segunda-feira (18), Gabriel recebeu o transplante de células-tronco do sangue de um cordão umbilical. Ele foi ao Instituto Nacional do Câncer, o Inca, no Rio de Janeiro, para combater a leucemia violenta que apareceu há quatro meses. O transplante é a única esperança de cura.

São as células-tronco que dão origem a todos os tecidos, do coração à pele, dos ossos às células nervosas. Há dois tipos: as embrionárias, como o nome diz, estão nos embriões. E as adultas que podem ser retiradas da pele, da medula óssea ou do cordão umbilical de recém-nascidos. As do cordão têm a vantagem de estar em um estado menos avançado, permitindo o transplante sem compatibilidade total entre o doador e o receptor.

“A grande maioria dos transplantes realizados até hoje com sangue de cordão umbilical foi realizado com unidades que não eram completamente compatíveis. Os resultados são muito promissores e esses pacientes estão hoje vivos para contar história e mostrar a importância dessa técnica”, conta Luís Fernando Bouzas, do Instituto Nacional do Câncer.

História que começou com Vanessa em 2004. Em Jaú, no interior de São Paulo, ela recebeu o transplante que lhe deu a oportunidade de derrotar a leucemia e crescer com graça, chegar à adolescência.

“Aquele cordãozinho umbilical abençoado fez com que a Vanessa tenha hoje uma medula maravilhosa. O exame de sangue dela está melhor que o nosso”, conta a mãe de Vanessa, Mary Barro Canal.

A desvantagem é que são poucas células em cada cordão, por isso só podem recebê-las crianças e adolescentes de no máximo 50 quilos. Mas uma descoberta de um centro de pesquisa norte-americano pode mudar isso. Os cientistas conseguiram multiplicar as células-tronco em laboratório. Dez pacientes com tipo de leucemia muito agressiva entre 3 e 43 anos de idade receberam os transplantes, sete estão curados. Os efeitos apareceram muito mais rápido.

“É muito importante essa possibilidade, visto que diminui a internação, as chances de o paciente desenvolver complicações graves”, argumenta Bouzas.

No laboratório do Inca, os pesquisadores avançam na mesma linha de pesquisa, buscando a multiplicação das células. O Inca tem o primeiro banco público de sangue de cordão do Brasil e foi montado nos moldes do de Seattle.

A aposta na tecnologia da expansão celular é tão grande que já faz oito anos que os centros do mundo inteiro estão estocando em duas bolsas separadas. Uma para ser administrada direto no paciente. A outra é para quando a tecnologia estiver disponível para todo mundo, é dela que vai sair o sangue que vai ser reproduzido e depois ser aplicado no paciente.

Há pouco tempo ainda se duvidava da eficiência dos bancos de sangue de cordão ou das terapias com células-tronco. O biólogo da UFRJ Radovan Borojevic espera para breve a liberação, para uso em pacientes com doença cardíaca grave, de uma técnica que ele provou funcionar com células de medula. Em 2000, o senhor Nelson Águia via sua história chegando ao fim.

“Teve um determinado momento que um profissional falou que seu pai não vai ter três meses de vida”, lembra Nelson. Ele foi o primeiro brasileiro a tirar células-tronco da medula que depois foram injetadas no coração doente. Poucos meses depois, ele já subia escada. Em 2004, Nelson jogava futebol e, essa semana, o encontramos de novo, cheio de vigor, fazendo uma caminhada de quatro quilômetros.

“Cada dia que passa, eu torço mais que outras especialidades entrem também na pesquisa de células-tronco”, diz Nelson. Mas isso já acontece em fase experimental de pesquisa no mundo inteiro, para combater mal de Parkison, regenerar o fígado, tratar diabetes. Só é preciso tempo.

“Um paciente que é um paciente em estado grave que todo dia acorda e não sabe se ele vai chegar até dormir a noite ainda vivo, para ele, um dia é muito tempo. Então ele quer uma terapia o mais rapidamente possível”, diz Radovan.

O que muitas vezes depende da solidariedade. No Brasil, existem vários bancos privados de sangue de cordão umbilical. Pais que pagam para guardar as células-tronco dos filhos para o caso de eles precisarem no futuro. Cientificamente não é recomendado, se a criança tiver uma doença de fundo genético, as células guardadas não poderão ser usadas no tratamento. Outra razão nas palavras de um paciente de 15 anos:

“Eu queria também pedir para as pessoas que têm filhos para doarem seus cordões, não doarem apenas pensando: eu vou doar o cordão do meu filho para poder, mais tarde, se ele precisar eu vou usar para ele. Doar pensando: eu vou doar isso aqui que pode salvar uma vida e quem sabe se meu filho vier a precisar de um, quem sabe, eu não serei recompensado e receberei um também”, pede Gabriel Lobo Lima.

Plantação de transgênicos avança no Brasil e cresce 19% em apenas um ano

O Brasil é o país onde o cultivo de lavouras transgênicas mais avança no mundo. Em 2010 foram plantados 25,4 milhões de hectares de lavouras geneticamente modificadas (soja, milho e algodão) - aumento de 19%, ou 4 milhões de hectares, em relação a 2009. A área total equivale ao Estado do Piauí.

O resultado levou o Brasil a manter a posição conquistada em 2009, quando ultrapassou a Argentina e passou a ocupar o segundo posto no ranking mundial dos 29 países que adotam as culturas transgênicas, atrás apenas dos Estados Unidos, com 66,8 milhões de hectares. Os dados fazem parte do relatório anual do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (Isaaa, na sigla em inglês), divulgado ontem.

"O Brasil caminha de forma rápida para ser o maior produtor de transgênicos no mundo", afirmou Clive James, presidente do Isaaa. Segundo ele, os países em desenvolvimento despontam como os maiores produtores de transgênicos: 19 países adotam esse tipo de lavoura e concentram quase a metade (48%) das plantações geneticamente modificadas.

Risco. Segundo o Isaaa, a expansão da área cultivada de transgênicos é fruto de um maior interesse dos agricultores em adotar a tecnologia que, segundo as empresas, permite aumentar a produtividade e reduzir os custos com inseticidas e herbicidas.

Mas o avanço também é visto com desconfiança por ambientalistas e entidades contrários à adoção da tecnologia. "O avanço do cultivo de transgênicos é preocupante porque o Brasil não possui meios eficazes para controlar os riscos que esse tipo de lavoura traz", diz Sérgio Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace.

Entre os riscos a que os agricultores estão sujeitos, aponta Leitão, está o de desabastecimento de sementes de grãos não transgênicos. "O agricultor está refém de três ou quatro grandes multinacionais, que controlam a quantidade das sementes transgênicas e não transgênicas que chegam ao mercado", afirma Leitão. "Como os transgênicos são mais rentáveis, fica mais difícil para o produtor encontrar sementes convencionais", diz.

Outro problema é o surgimento de pragas mais resistentes, que surgem apenas em lavouras geneticamente modificadas. O problema tem sido recorrente nos Estados Unidos e já chegou ao Brasil, segundo Ricardo Sousa, diretor executivo da Abrange, entidade que reúne produtores de grãos não transgênicos. "Cerca de 9 milhões de hectares na Região Sul do País estão infectados com a buva, uma erva daninha resistente a herbicidas que persiste nas lavouras transgênicas", relata Sousa.


PERGUNTAS & RESPOSTAS

Eles já estão no mercado

1. O que são alimentos transgênicos?

Os transgênicos - ou organismos geneticamente modificados (OGM) - são produzidos em laboratório por meio da introdução de genes de outras espécies, com o objetivo de atribuir a eles novas características. No caso dos grãos, por exemplo, pode ser gerada uma resistência a determinadas pragas e a condições climáticas adversas, como secas prolongadas.

2. Desde quando alimentos transgênicos são cultivados no Brasil?

No Brasil, o plantio de transgênicos é feito desde 2004 e está sujeito a aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que assessora o governo federal nas questões de biotecnologia.

3. Quais são os argumentos contrários a esse tipo de tecnologia?

Entre eles estão a falta de estudos que comprovem que o consumo desses alimentos não traz riscos à saúde humana e ao meio ambiente e o risco de contaminação de lavouras convencionais pelos genes modificados.

4. Já existem transgênicos no mercado?

Atualmente, existem quatro vertentes de pesquisas referentes ao assunto e duas já chegaram aos supermercados. São as plantas com tolerância aos herbicidas e resistentes aos ataques dos insetos - como soja, milho e algodão - e as com qualidades nutricionais alteradas - como a soja acrescida do aminoácido metionina, nutriente essencial para a saúde.


Andrea Vialli - O Estado de S.Paulo

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Após farsa de clonagem humana, pesquisador diz clonar coiotes

O polêmico cientista sul-coreano Hwang Woo-souk, que em 2005 enganou o mundo ao anunciar uma falsa clonagem de embriões humanos, conseguiu clonar oito coiotes, informou o Governo da província de Gyeonggi, patrocinador de seu trabalho.

Há seis anos, o antigo professor de veterinária da Universidade de Seul foi centro de um escândalo científico ao falsificar parte dos resultados sobre a obtenção de células-tronco a partir de embriões humanos clonados. Hwang reconheceu ter falsificado parte da pesquisa e foi condenado pelo mal uso de recursos públicos, caindo no esquecimento.

Agora o instituto em que Hwang trabalha garante que ele conseguiu clonar com sucesso oito coiotes, conhecidos como chacais americanos e em risco de extinção, transferindo pela primeira vez o núcleo de células somáticas da espécie para óvulos de um cachorro comum.

Os embriões foram introduzidos em fêmeas de cães que deram à luz aos filhotes de coiote, revelou o Governo de Gyeonggi. Hwang e sua equipe trabalham ainda na clonagem de outra espécie de canídeo selvagem africano em risco de extinção. 



Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5417019-EI8147,00-Apos+farsa+de+clonagem+humana+pesquisador+diz+clonar+coiotes.html

domingo, 30 de outubro de 2011

Paraplégico volta a andar após tratamento com células tronco

Seis meses após ser submetido a um tratamento inédito com células-tronco, desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-BA), um policial militar que ficou paraplégico depois de um acidente começou a caminhar com a ajuda de um andador, de acordo com informações do Jornal da Tarde. Em junho deste ano, foi divulgado que ele conseguia movimentar as pernas, agora, o resultado do tratamento evoluiu. 
O PM, que ficou paraplégico  por conta de um trauma raquimedular, lesão que causa comprometimento da função da medula espinhal, foi o primeiro a participar do teste há nove anos. Outras cinco pessoas vítimas de traumas semelhantes foram submetidas, depois dele, ao mesmo tratamento e outras 15 devem passar pelo procedimento até o primeiro trimestre do ano que vem. 
O tratamento da Fiocruz foi realizado em parceria com os Hospitais São Rafael, com o Espanhol e a Universidade Federal da Bahia (Ufba). 

Prós e contras do uso dos transgênicos.

CTNBio Embrapa dizem que a produção dos alimentos transgênicos pode provocar
redução no uso de agrotóxicos.


Greenpeace afirma que houve aumento do uso de inseticidas nos EUA
Embrapa defende que produção de alimentos transgênicos pode amenizar o problema da
fome no país.


Greenpeace diz que produção de transgênicos favorece a agricultura mecanizada,
aumenta o desemprego e piora o quadro social do país.


Representante da Embrapa afirma que são gastos US$ 40 bilhões anuais em agrotóxicos
no mundo, Greenpeace rebate com a informação de que o consumo sde agrotóxicos
cresceu nos EUA, ao contrário das previsões anteriores.


Embrapa diz que há uma melhoria na qualidade do óleo, vitaminas e proteínas das
plantas, que seria similar à do produto convencional, mas o Greenpeace questiona se
tais melhoramentos genéticos deveriam trazer substâncias novas, em vez de apenas as
mesmas informações genéticas do original.


Órgãos de biossegurança têm como ponto de semelhança a incerteza sobre o sobre
reações e efeitos sobre a saúde e impacto ambiental.


Fonte: http://educacao.uol.com.br/atualidades/transgenicos-organismos-modificados-tem-
defensores-e-opositores.jhtm

Dia Municipal em Favor dos Falcêmicos será marcado com panfletagem no Centro de Maceió

Para marcar o Dia Municipal em Favor dos Falcêmicos, instituído nesta quinta-feira (27) por meio de uma Lei 5.974 Municipal apresentada pela vereadora Fátima Santiago (PP), será realizada uma panfletagem no Calçadão do Centro de Maceió. O evento, promovido pelo Hemocentro de Alagoas e a Associação das Pessoas com Hemoglobinopatias de Alagoas (Aphal), acontece das 8h às 17h.

Para isso, será montado um estande próximo ao Já do Centro, onde portadores da doença e uma equipe multidisciplinar do Hemoal, formada por hematologias, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, irão esclarecer a população sobre a Anemia Falciforme. O objetivo da ação, segundo a diretora do Hemoal, Verônica Guedes, é aumentar a visibilidade da doença, que se manifesta, em sua maioria, em afro-descendentes. Segundo dados do Centro de Processamento de Dados (CPD) do órgão, 440 pessoas são portadoras da doença.

A Anemia Falciforme é uma doença hereditária, que provoca uma deformação das hemácias (glóbulos vermelhos), afetando a população afro-descendente e causando lesões no cérebro, pulmões e, principalmente, rins. Por vitimar, principalmente, a população negra, representando cerca de 8% dos brasileiros, a doença é pouco conhecida dos alagoanos, que também desconhecem seus sintomas e o fato dela não ter cura.

“Infelizmente as vítimas da doença são, na sua grande maioria, afro-descendentes, que muitas vezes não possuem condições de realizar o tratamento e sequer sabem que ela existe e como tratá-la. Por isso, realizamos esta ação de conscientização, pois algumas pessoas podem ser vítimas da anemia falciforme, sofrem com seus sintomas e encontrar dificuldade em detectá-la”, explica a diretora do Hemoal.
Detecção - A detecção da anemia falciforme é realizada no Hemocentro de Alagoas (Hemoal), por meio do exame eletroforese de hemoglobina ou de DNA. Ela afeta, principalmente, filhos de casais portadores do traço falciforme, onde há um risco de que 25% deles sejam portadores da doença. Um dos tratamentos é a transfusão sanguínea, que é realizada no ambulatório de Hematologia do Hemoal.

Por esta razão, os hematologistas recomendam que, antes de planejar ter um filho, os casais devem realizar o aconselhamento genético, em que será verificado se o homem ou a mulher possuem o traço falciforme que pode gerar um filho com anemia falciforme. “Após o nascimento do bebê, caso não seja possível realizar o aconselhamento genético ou mesmo se ele for feito, é imprescindível realizar o teste do pezinho, cujo serviço está disponível nas maternidades públicas do Estado”, informou a diretora do Hemoal, Verônica Guedes.

www.primeiraedicao.com.br

Curiosidades sobre o projeto Genoma

- Hoje em dia, um novo gene (com cerca de 12 mil bases) tem a sua sequência decifrada num simples minuto;

- Há cerca de três biliões de letras químicas no genoma. Se este livro fosse lido seria preciso um século para que a leitura fosse concluída. O genoma humano tem o tamanho de 800 Bíblias;

- Se todo o DNA de uma pessoa fosse esticado, seria possível fazer uma viagem de ida e volta ao Sol 600 vezes;

- O projeto genoma requer 3 gigabytes de espaço para armazenamento de dados;
- Quando começou o Projeto Genoma Humano, estimava-se que levaria cerca de 15 anos para seqüenciar os 3 bilhões de pares de base e identificar todos os genes. Mas completaram o trabalho em 13 anos, em 2003, junto com a comemoração do 50º aniversário da publicação do trabalho de Watson e Crick que descreveu a dupla hélice; - Cada segundo o projeto genoma humano decodifica 12.000 letras; - Para o projeto genoma humano, foram coletadas amostras de sangue de mulheres ou espermatozóides dos homens, de um grande número de doadores. Apenas algumas amostras foram processadas, e os nomes permanecem confidenciais, nem os doadores, nem os cientistas sabiam de quem era o DNA seqüenciado;

- O projeto genoma humano gerado pela Celera foi baseado no DNA de amostras colhidas de 5 doadores identificados por raça e sexo. - A grande maioria do DNA do genoma humano- 97%- consiste de seqüências não gênicas, denominadas DNA lixo;
- O DNA humano é 98% idêntico ao DNA do chipanzé;
- A diferença entre dois chipanzés é 4 a 5 vezes maior que a diferença entre dois humanos, a qual é 0,2% ou 1 em cada 500 letras;
- Se duas pessoas começam a recitar seu código genético individual na razão de uma letra por segundo, demora cerca de 8 minutos e meio para aparecer uma diferença;
- Humanos tem aproximadamente 30.000 genes. Para comparar:
uma lombriga tem 19.098 genes
a mosca das frutas tem 13.602 genes
uma levedura tem 6.034 genes
o bacilo da tuberculose tem aproximadamente 4000 genes
Fonte: www.pbs.org/wgbh/nova/genome/facts.html

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tratamento de AVC com células-tronco


A primeira pesquisa a usar células-tronco para tratar pacientes que sofreram derrame – ou acidente vascular cerebral (AVC) – passou pela primeira fase de testes com sucesso. Nessa terapia, células-tronco neurais são colocadas no cérebro de pessoas com sequelas causadas pelo AVC. O objetivo é reparar os danos e recuperar as funções físicas e mentais.
Na primeira fase de testes, foram tratados três pacientes afetados pelo derrame isquêmico, que responde por 80% dos casos de AVC. Cada um deles foi avaliado num ponto diferente do tratamento: três, seis e nove meses após o início.
Os exames neurológicos feitos até o momento indicaram que a técnica é segura e deram sinal verde para o início da próxima fase de testes. Agora, mais nove pacientes serão incluídos no tratamento, que vai passar a ter doses maiores. Eles serão acompanhados por dois anos e, caso não haja problemas, uma nova bateria de testes, ainda mais amplos, será iniciada.
Keith Muir, pesquisador da Universidade de Glasgow, na Escócia, disse que a técnica, chamada ReN001, “tem o potencial de se dirigir a uma necessidade médica muito significativa e ainda não atendida nos pacientes de derrame”.
O acidente vascular cerebral (AVC) é a maior causa para internações e morte no Brasil, segundo a Academia Brasileira de Neurologia. O Sistema Único de Saúde (SUS) afirma que o problema que afetou quase 85 mil pessoas no Brasil somente no 1º semestre de 2011.

Terapia Genética e o Alzheimer

Pesquisadores americanos divulgaram recentemente através da publicação de um artigo na revista Nature, um estudo promissor relacionado ao Mal de Alzheimer. Uma característica amplamente observada em pacientes acometidos pela doença é a formação de placas de uma proteína insolúvel chamada beta amilóide A/4 (que é resultado da degeneração da proteína amilóide), que impede a transmissão do impulso nervoso e trás a morte dos neurônios por ela afetados. Os motivos desta degeneração ainda permanecem obscuros, mas já foram encontrados vários genes relacionados com a degeneração anormal da amilóide, a formação desta placa pode causar a má-formação dos microtúbulos neurais ou novelos neurofibrilares o que causa a morte dos neurônios.
O estudo baseou-se em uma característica peculiar da amilóide, a suposta capacidade de se ligar ao neurotransmissor EphB2 e , a partir desta ligação, diminuir a quantidade desta substância livre no organismo dificultando seu acúmulo. Para testar a hipótese, a terapia gênica foi realizada tanto para aumentar quanto para diminuir a quantidade de EphB2 em ratos de laboratório; com a redução, os ratos apresentaram perdas de memória de forma semelhante à perda causada pelo Mal de Alzheimer. Já com a terapia gênica de aumento, os sintomas de perda de memória desapareceram.
A líder do estudo, Lennart Mucke afirmou que o uso de EphB2 através de drogas pode trazer benefícios, porém mais estudos ainda precisam ser realizados e o estudo, apesar de promissor, não oferece resposta rápida aos pacientes com Alzheimer e não pode ser visto como um tratamento ainda.

Fonte de apoio: http://www.bbc.co.uk/

Brasil já é 2º maior produtor de transgênicos do mundo

Em apenas cinco anos, o Brasil se tornou o maior produtor de grãos transgênicos do mundo, ficando atrás somente dos EUA. No período, o país aprovou 33 sementes geneticamente modificadas.

A aprovação dos grãos transgênicos ganhou força após a criação da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em 2005. Atualmente, o órgão leva menos de um ano para liberar a produção comercial de produtos geneticamente modificados.

“O Brasil vive um novo mo¬¬mento desde 2005. A CTNBio tem feito um trabalho exemplar na avaliação e liberação de sementes seguras para o consumidor e o meio ambiente”, disse a diretora-executiva do CIB, Adriana Brondani. De acordo com a diretora, o Brasil é referência hoje em transgênicos não somente pelas rápidas aprovações, mas também por ter um marco regulatório estruturado.

Na Europa, boa parte dos países que compõem a zona do euro importam organismos geneticamente modificados, mas proíbem seu cultivo. No Brasil, apesar do cultivo liberado, a CTNBio vem sendo fortemente questionada por pesquisadores e organizações que defendem o ambiente e os direitos dos consumidores sob alegação da falta de rigor científico e descumprimento de exigência legais.

A CTNBio já está acostumada a “preconceitos e equívocos relacionados à ciência por entidades da sociedade civil e por profissionais dos órgãos de imprensa”, respondeu o presidente da comissão, Edilson Paiva, que afirma estar do lado do avanço da biotecnologia.

As liberações ocorridas nos últimos cinco anos permitiram que 50 milhões de hectares destinados à produção de grãos no país fossem cobertas por transgênicos, o que implica maior controle no combate as pragas do campo, mas não necessariamente redução de custos para o produtor.

Fonte: Notícias Agrícolas // Ana Paula Pereira

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Experimento de Clonagem

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil criou dois clones de uma vaca da raça Junqueira. A vaca Junqueira está ameaçada de extinção e estima-se que haja menos de cem animais dessa raça em todo o território brasileiro.
O experimento de clonagem foi feito através de um pedaço de tecido da orelha de uma vaca doadora com nove anos de idade. O clone batizado de Porã nasceu dia 10 de abril com 25 quilos depois de 292 dias de gestação, e o clone batizado Potira nasceu com 29 quilos dia 24 de abril, após um período de gestação de 290 dias. Os bezerros clonados estão saudáveis e estão sendo monitorados pela equipe de pesquisadores da Embrapa.
A raça de boi Junqueira é muito usada para a produção de carne e leite, além de ser usada como força de trabalho. Os primeiros bois vieram ao Brasil através dos colonizadores espanhóis e portugueses e se desenvolveram no interior de São Paulo, por volta dos séculos XVIII e XIX. Uma característica da raça são os longos chifres, que costumavam ser usados para fabricar berrantes.
O pesquisador da Emprapa Arthur da Silva Mariante disse que a pesquisa irá continuar e que outros animais silvestres ameaçados de extinção podem ser clonados.
Os clones fazem parte da tese de doutorado da bolsista integrante da equipe de pesquisa, Lílian Iguma.
                 

Insetos transgênicos produzem seda colorida

Alteração no código genético dos bichos-da-seda permite manipulação da cor.
Resultados foram obtidos por um grupo de cientista japoneses.


Para que tingir a seda quando os bichos-da-seda podem ser geneticamente modificados para produzir uma cor específica? Este é o objetivo de cientistas japoneses que manipularam geneticamente os insetos para que produzam fios vermelhos, amarelos ou verdes, segundo estudo publicado nesta segunda-feira (7).

O autor do estudo, Takashi Sakudoh, da Universidade de Tóquio, disse que a compreensão do sistema de transporte de pigmentos do bicho-da-seda "prepara o caminho para a manipulação genética da cor e do pigmento da seda".

Na natureza, a cor dos casulos de seda varia do branco ao verde, passando por amarelo, bege, salmão e rosa. As cores da seda são de pigmentos naturais, absorvidos quando os bichos comem as folhas da amoreira.

Os cientistas japoneses observaram que nos bichos-da-seda que produzem seda branca, o "sangue amarelo" ou gene Y, sofre mutação: um segmento de DNA é apagado. O gene Y permite aos bichos da seda extrair carotenóides (pigmentos orgânicos que ocorrem naturalmente nas plantas), compostos da cor amarela, das folhas da amoreira.
 
Os cientistas descobriram que os insetos com mutação produziam uma forma não-funcional da proteína de carotenóide CBP, conhecida por ajudar a captar o pigmento. Usando técnicas de engenharia genética, os cientistas introduziram genes Y imaculados nos insetos mutantes. Os bichos-da-seda manipulados produziram CBP e casulos de cor amarela, que se revelou mais forte depois de vários cruzamentos.

Segundo os autores deste estudo, publicado na revista da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos ("PNAS"), a seda poderá ser produzida em cor-de-carne e num tom avermelhado.



Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL33215-5603,00-INSETOS+TRANSGENICOS+PRODUZEM+SEDA+COLORIDA.html

Surdez e Cegueira curadas com células-tronco

cura da cegueira tornou-se realidade, ao menos para girinos. E a cura da surdez em porquinhos da índia também foi alcançada. Esses avanços não seriam possíveis sem as células tronco, anunciaram pesquisadores, em descobertas que poderão ajudar também os humanos.
Uma equipe de cientistas reparou audição em porquinhos da índia usando células-tronco humanas retiradas da medula óssea e outro grupo conseguiu fazer nascer olhos funcionais em girinos usando células de sapos.
Apesar destas descobertas não terem aplicações diretas em humanos elas mostram o potencial da medicina regenerativa nos processos biológicos mais básicos no desenvolvimento da audição e da visão.
Segundo os pesquisadores estas descobertas mostram o extraordinário potencial das células-tronco no tratamento de uma série de doenças, desde as fatais até as debilitantes, que afetam milhões de pessoas pelo mundo.
Pesquisadores da Universidade Nacional de Chonnam, na Coréia do Sul, usaram células-tronco mesênquimas, da medula óssea de humana, para restaurar a audição — que havia sido destruída quimicamente — em porquinhos da índia.
Em laboratório, eles criaram tecido nervoso à partir das células-tronco. Em seguida as transplantaram para os ouvidos internos dos animais. Três meses depois os animais já tinham alguma audição.
O objetivo era regenerar minúsculos pelos dentro dos ouvidos que são essenciais para a audição dos mamíferos. No entanto os cientistas não podem afirmar com certeza se a produção dos novos pelos, que não se regeneram sozinhos, ocorreu por causa das células-tronco.
A equipe quer realizar experimentos em humanos, pois a maioria dos problemas de audição são causados pela destruição destes pelos por causa de sons altos, ataque auto-imune, medicamentos tóxicos, ou idade avançada.
Outro estudo da Universidade de Medicina SUNY, nos EUA, conseguiu fazer crescerem olhos funcionais em embriões de sapos usando células-tronco.
A equipe conseguiu manipular sete fatores genéticos para diferenciar as células-tronco em olhos nos girinos, para que os animais pudessem enxergar.
Ainda não existe aplicação imediata para humanos, mas criar diferentes tipos de células é o objetivo da medicina regenerativa, segundo os pesquisadores.

Estudo genético com lagartos pode ajudar a decifrar a evolução humana

Pesquisadores encontraram genes comuns em lagartos e mamíferos.
Artigo da "Nature" tenta compreender genes inativos em humanos.

Um estudo publicado nesta quarta-feira (31) na revista "Nature" afirma que pesquisadores dos Estados Unidos desvendaram o genoma do lagarto anole-verde, fato que vai ajudar a descobrir o que há de semelhante entre o genoma humano e dos répteis, desde que os ancestrais dos dois grupos se separaram, com a evolução das espécies, há 320 milhões de anos.

Os elementos “não codificados” do genoma humano são um dos principais pontos da pesquisa. São regiões que permaneceram inalteradas por milênios, mas que não possuem genes codificadores de proteínas, ficando inativos. Uma das grandes dúvidas dos cientistas é de onde surgiram esses elementos no DNA dos humanos.

Uma das hipóteses é que eles sejam resquícios de “elementos de transposição”, trechos do DNA que são capazes de se movimentar de uma região para outra dentro do genoma de uma célula. Nos seres humanos, muitos desses genes perderam sua capacidade de salto, ou seja, de transposição. Porém, em lagartos anoles eles continuam ativos.

“Os anoles são uma biblioteca viva de elementos de transposição”, diz Jessica Alföldi, co-autora da pesquisa, realizada pelo Instituto Broad da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT), nos EUA. Nos seres humanos existem cerca de 100 elementos não codificados, que são derivados desses genes “saltadores”. “Nos lagartos esses elementos continuam saltitando, porém a evolução os tem usado para seus próprios fins em algo diferente nos humanos”, afirma Jessica.
Lagarto anole-verde, que teve o genoma
descrito por pesquisadores americanos


Adaptação

O estudo também pode ajudar a compreender como as espécies de lagartos evoluíram nas Grandes Antilhas, no Caribe. Tal como os tentilhões de Darwin, as aves que por suas características diferentes de bicos, inspiraram o cientista inglês a escrever "A Origem das Espécies" (1859) e a elaborar a teoria da evolução, os lagartos anoles são adaptados para preencher todos os nichos ecológicos da ilha.

Alguns possuem as pernas curtas e podem caminhar ao longo de galhos estreitos; outros são de cor verde com almofadas no dedão, adequadas para viver no alto das árvores; outros são amarelos e alguns podem viver na grama, e não em árvores. Porém, uma diferença em relação às espécies estudadas por Darwin estes largatos é que os anoles  evoluíram de quatro diferentes formas, nas ilhas de Porto Rico, Cuba, Jamaica e Hispaniola.

O lagarto anole-verde é nativo do Sudeste dos Estados Unidos e é a primeira espécie de lagarto com o seu genoma totalmente sequenciado e montado. Muitos pesquisadores mapearam mais de 20 genomas de mamíferos, mas a genética dos répteis ainda é relativamente inexplorada.



Referencia bibliográfica:
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/09/estudo-genetico-com-lagartos-pode-ajudar-decifrar-evolucao-humana.html

Surpresas do projeto Genoma Humano



            Cientistas descobriram que os genes são apenas um rascunho ou uma receita tosca de como se fabrica um ser vivo. Eles contêm a matéria-prima de como fazer os tijolos da vida, as proteínas, mas não todas as instruções de como montá-los de modo que o resultado final seja um bebê humano saudável. Um exemplo: estão contidas nos genes as instruções para que as células reprodutoras, uma vez fecundadas, se diferenciem e dêem origem a coração, pulmão, cérebro, músculos e todos os órgãos do corpo humano. Mas os genes não informam que a cabeça tem de ficar em cima dos ombros ou que os braços devem sair um de cada lado do tronco. Essa orientação espacial que permite ao embrião tomar a forma natural que conhecemos é dada por instruções bioquímicas no útero materno. Ou seja, os genes são quase tudo. Quando se imaginava que eram tudo.
            Em parte isso se explica pelo número reduzido de genes. Os seres humanos têm cerca de 30.000, um terço do que se imaginava antes da conclusão do genoma. É pouco gene para tanta diversidade. Só de proteínas diferentes no organismo, estima-se que existam entre 300.000 e 1 milhão. O código genético humano tem tantos genes quanto um pé de milho. A mosca drosófila tem 13.000 e um verme nematóide, 19.000. "Isso é uma facada no orgulho da nossa espécie. Como podemos continuar de cabeça erguida sabendo que temos apenas uns poucos genes a mais do que um verme?", disse Francis Collins, coordenador da equipe internacional do Projeto Genoma Humano. "Por outro lado, é apenas uma pista para buscar onde reside a complexidade que nos torna humanos."
            Em sua avaliação, Venter antecipa o fracasso de muitas das técnicas de tratamento que começaram a ser testadas nos principais centros de pesquisa do mundo nos últimos anos. Trata-se das promissoras terapias genéticas, que prometem curar pessoas corrigindo defeitos em genes que não funcionam como deveriam. Para o cientista, o ser humano é muito complexo para ser controlado apenas pela alteração de um ou outro gene.
            A complexidade estaria não na quantidade de genes que possuímos, mas sim na capacidade do organismo humano de combiná-los e transformar-se numa usina bioquímica produtora de proteínas. A missão de identificá-los, determinar sua localização, função e como interagem é o principal alvo dos geneticistas a partir de agora. Começa-se a discutir um grande projeto nos moldes do que acaba de ser concluído para estudar todas as proteínas responsáveis pelo funcionamento do corpo humano. Vai ser uma tarefa gigantesca, envolvendo enzimas, anticorpos e hormônios como a insulina, estruturas muito mais complexas que o próprio DNA. Uma única proteína pode estar envolvida em mais de um processo, acumulando funções. Além disso, tarefas comuns como determinar secreção deste ou daquele hormônio podem envolver inúmeras proteínas. Ou seja: é jogo matemático de probabilidades praticamente infinito. "Devemos demorar pelo menos trinta anos para começar a compreender o funcionamento de tudo isso", acredita Marcelo Valle de Sousa.
             Voou pela janela, junto com o antigo conceito de gene, o determinismo genético, em que tudo pode ser explicado pelo que está escrito no DNA humano. As influências ambientais são tão decisivas quanto o genoma no funcionamento do organismo. Com isso, distancia-se o sonho de um dia clonar seres humanos para conseguir cópias exatas. Por mais que se criem pessoas parecidas ou até idênticas geneticamente, elas reagirão sempre de maneira diferente aos estímulos externos e nunca terão personalidade, comportamento nem físico exatamente iguais.
            Da mesma forma como genes não produzem seres idênticos, também não justificam as diferenças raciais. O resultado final do Projeto Genoma revelou que todos os seres humanos são 99,99% idênticos do ponto de vista biológico. A diferença entre um negro e um japonês, além da que enxergamos nos traços físicos, está apenas em uma letra trocada a cada conjunto de 1 000 entre todas que formam nosso código genético.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Cão de resgate dos 11 de setembro será clonado

Cientistas querem clonar um cão que ajudou a localizar sobreviventes em meio aos escombros do World Trade Center em Nova York após os ataques de 11 de setembro de 2001, informou um laboratório com sede na Califórnia que realizará a operação.

Trakr, um pastor alemão que vive com seu dono James Symington em Los Angeles, foi escolhido pela BioArts International o cão mais "digno de ser clonado", em uma competição que oferecia ao proprietário do animal a oportunidade de reproduzir seu mascote.

Symington afirmou que ele e Trakr estiveram entre as primeiras equipes de resgate que chegaram ao "Marco Zero" e conseguiram localizar o último sobrevivente cerca de nove metros sob os escombros.

O pastor alemão, que hoje tem 15 anos, não pode usar suas patas traseiras, devido a um problema neurodegenerativo. Segundo a BioArts, os especialistas acreditam que a doença pode estar ligada à exposição a gases tóxicos na área do World Trade Center.
"Trakr significa tudo para mim", disse Symington. "Saber que uma parte dele vai continuar vivendo é algo que não posso expressar em palavras. É o maior presente que já recebi", acrescentou.
No próximo mês, a BioArts levará uma amostra de DNA de Trakr ao laboratório de sua sócia Sooam Biotech Research Foundation, na Coréia do Sul, e o clone poderá estar pronto até o final do ano

Fonte:http://noticias.terra.com.br
Por: grupo 2

Avanço no DNA 'permitirá viver até os 150 anos', diz cientista

Primeiro cientista a sequenciar DNA humano crê que indivíduos podem alterar seu 'destino genético'.

O Primeiro cientista a sequenciar um código genético humano, crê que as evoluções científicas nesta área ainda podem levar os indivíduos a viver "120, 150 anos". Cerca de três décadas atrás, Church estava entre a meia dúzia de pesquisadores que sonhavam em sequenciar um genoma humano inteiro - cada A, C, G e T que nos torna únicos.
Seu laboratório foi o primeiro a criar uma máquina para desmembrar esse código, e desde então ele tem se dedicado a melhorá-la. Uma vez decodificado o primeiro genoma, o professor tem pressionado pela ideia de que é preciso ir adiante e sequenciar o genoma de todas as pessoas. Críticos apontaram a astronômica cifra que o custo de sequenciar o primeiro DNA alcançou: US$ 3 bilhões. Como resposta, Church construiu outra máquina.
O valor agora é de US$ 5 mil por genoma, e o professor crê que muito em breve esse valor cairá para uma fração, ou décimo ou vigésimo disto - mais ou menos o valor de um exame de sangue. Sequenciar o DNA humano de forma rotineira abrirá uma série de possibilidades, diz George Church. Uma vez que "ler" um genoma se torne um processo corriqueiro, o professor de Harvard quer partir para "editá-lo", "escrever" sobre ele.
Ele vislumbra o dia em que um aparelho implantado no corpo seja capaz de identificar as primeiras mutações que possam levar a um potencial tumor, ou os genes de uma bactéria invasora. Nesse caso, será possível tratá-los com uma simples pílula de antibiótico destinado a combater o invasor. Doenças genéticas serão identificadas no nascimento, ou possivelmente até na gestação, e vírus microscópicos, pré-programados, poderão ser enviados para o interior das células comprometidas e corrigir o problema.
Para fins científicos, Church tem defendido a polêmica ideia de disponibilizar sequências de genomas publicamente, para que cientistas tenham oportunidade de estudá-las. Church já postou na rede a sua própria sequência de DNA, além de outras dez. O objetivo é chegar a 100 mil.
"Sempre houve uma atitude (em relação à genética) de que você nasce com seu 'destino' genético e se acostuma com ele. Agora a atitude é: a genética é, na verdade, um conjunto de transformações ambientais que você pode empreender no seu destino", acredita Church.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/09/avanco-no-dna-permitirao-viver-ate-os-150-anos-diz-cientista.html
Por: grupo 1