segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Fantástico falando sobre genética.

O Fantástico aborda a importância da genética, mas de um jeito um pouquinho diferente. O assunto são as células-tronco, uma das grandes apostas da medicina para tratar uma série de doenças. A grande notícia é que esses tratamentos começam a sair do papel. Esta semana, cientistas americanos anunciaram um grande avanço no tratamento da leucemia. Uma revolução de verdade.
 
Trazer o filho ao mundo e dar a outros pais a chance de verem seus filhos crescerem: “Estou feliz, porque vou voltar a minha vida normal. Vou fazer minhas coisas normalmente, ir à praia, uma coisa que eu não faço há muito tempo”, conta Gabriel Lobo Lima, de 15 anos.

Na segunda-feira (18), Gabriel recebeu o transplante de células-tronco do sangue de um cordão umbilical. Ele foi ao Instituto Nacional do Câncer, o Inca, no Rio de Janeiro, para combater a leucemia violenta que apareceu há quatro meses. O transplante é a única esperança de cura.

São as células-tronco que dão origem a todos os tecidos, do coração à pele, dos ossos às células nervosas. Há dois tipos: as embrionárias, como o nome diz, estão nos embriões. E as adultas que podem ser retiradas da pele, da medula óssea ou do cordão umbilical de recém-nascidos. As do cordão têm a vantagem de estar em um estado menos avançado, permitindo o transplante sem compatibilidade total entre o doador e o receptor.

“A grande maioria dos transplantes realizados até hoje com sangue de cordão umbilical foi realizado com unidades que não eram completamente compatíveis. Os resultados são muito promissores e esses pacientes estão hoje vivos para contar história e mostrar a importância dessa técnica”, conta Luís Fernando Bouzas, do Instituto Nacional do Câncer.

História que começou com Vanessa em 2004. Em Jaú, no interior de São Paulo, ela recebeu o transplante que lhe deu a oportunidade de derrotar a leucemia e crescer com graça, chegar à adolescência.

“Aquele cordãozinho umbilical abençoado fez com que a Vanessa tenha hoje uma medula maravilhosa. O exame de sangue dela está melhor que o nosso”, conta a mãe de Vanessa, Mary Barro Canal.

A desvantagem é que são poucas células em cada cordão, por isso só podem recebê-las crianças e adolescentes de no máximo 50 quilos. Mas uma descoberta de um centro de pesquisa norte-americano pode mudar isso. Os cientistas conseguiram multiplicar as células-tronco em laboratório. Dez pacientes com tipo de leucemia muito agressiva entre 3 e 43 anos de idade receberam os transplantes, sete estão curados. Os efeitos apareceram muito mais rápido.

“É muito importante essa possibilidade, visto que diminui a internação, as chances de o paciente desenvolver complicações graves”, argumenta Bouzas.

No laboratório do Inca, os pesquisadores avançam na mesma linha de pesquisa, buscando a multiplicação das células. O Inca tem o primeiro banco público de sangue de cordão do Brasil e foi montado nos moldes do de Seattle.

A aposta na tecnologia da expansão celular é tão grande que já faz oito anos que os centros do mundo inteiro estão estocando em duas bolsas separadas. Uma para ser administrada direto no paciente. A outra é para quando a tecnologia estiver disponível para todo mundo, é dela que vai sair o sangue que vai ser reproduzido e depois ser aplicado no paciente.

Há pouco tempo ainda se duvidava da eficiência dos bancos de sangue de cordão ou das terapias com células-tronco. O biólogo da UFRJ Radovan Borojevic espera para breve a liberação, para uso em pacientes com doença cardíaca grave, de uma técnica que ele provou funcionar com células de medula. Em 2000, o senhor Nelson Águia via sua história chegando ao fim.

“Teve um determinado momento que um profissional falou que seu pai não vai ter três meses de vida”, lembra Nelson. Ele foi o primeiro brasileiro a tirar células-tronco da medula que depois foram injetadas no coração doente. Poucos meses depois, ele já subia escada. Em 2004, Nelson jogava futebol e, essa semana, o encontramos de novo, cheio de vigor, fazendo uma caminhada de quatro quilômetros.

“Cada dia que passa, eu torço mais que outras especialidades entrem também na pesquisa de células-tronco”, diz Nelson. Mas isso já acontece em fase experimental de pesquisa no mundo inteiro, para combater mal de Parkison, regenerar o fígado, tratar diabetes. Só é preciso tempo.

“Um paciente que é um paciente em estado grave que todo dia acorda e não sabe se ele vai chegar até dormir a noite ainda vivo, para ele, um dia é muito tempo. Então ele quer uma terapia o mais rapidamente possível”, diz Radovan.

O que muitas vezes depende da solidariedade. No Brasil, existem vários bancos privados de sangue de cordão umbilical. Pais que pagam para guardar as células-tronco dos filhos para o caso de eles precisarem no futuro. Cientificamente não é recomendado, se a criança tiver uma doença de fundo genético, as células guardadas não poderão ser usadas no tratamento. Outra razão nas palavras de um paciente de 15 anos:

“Eu queria também pedir para as pessoas que têm filhos para doarem seus cordões, não doarem apenas pensando: eu vou doar o cordão do meu filho para poder, mais tarde, se ele precisar eu vou usar para ele. Doar pensando: eu vou doar isso aqui que pode salvar uma vida e quem sabe se meu filho vier a precisar de um, quem sabe, eu não serei recompensado e receberei um também”, pede Gabriel Lobo Lima.

Plantação de transgênicos avança no Brasil e cresce 19% em apenas um ano

O Brasil é o país onde o cultivo de lavouras transgênicas mais avança no mundo. Em 2010 foram plantados 25,4 milhões de hectares de lavouras geneticamente modificadas (soja, milho e algodão) - aumento de 19%, ou 4 milhões de hectares, em relação a 2009. A área total equivale ao Estado do Piauí.

O resultado levou o Brasil a manter a posição conquistada em 2009, quando ultrapassou a Argentina e passou a ocupar o segundo posto no ranking mundial dos 29 países que adotam as culturas transgênicas, atrás apenas dos Estados Unidos, com 66,8 milhões de hectares. Os dados fazem parte do relatório anual do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (Isaaa, na sigla em inglês), divulgado ontem.

"O Brasil caminha de forma rápida para ser o maior produtor de transgênicos no mundo", afirmou Clive James, presidente do Isaaa. Segundo ele, os países em desenvolvimento despontam como os maiores produtores de transgênicos: 19 países adotam esse tipo de lavoura e concentram quase a metade (48%) das plantações geneticamente modificadas.

Risco. Segundo o Isaaa, a expansão da área cultivada de transgênicos é fruto de um maior interesse dos agricultores em adotar a tecnologia que, segundo as empresas, permite aumentar a produtividade e reduzir os custos com inseticidas e herbicidas.

Mas o avanço também é visto com desconfiança por ambientalistas e entidades contrários à adoção da tecnologia. "O avanço do cultivo de transgênicos é preocupante porque o Brasil não possui meios eficazes para controlar os riscos que esse tipo de lavoura traz", diz Sérgio Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace.

Entre os riscos a que os agricultores estão sujeitos, aponta Leitão, está o de desabastecimento de sementes de grãos não transgênicos. "O agricultor está refém de três ou quatro grandes multinacionais, que controlam a quantidade das sementes transgênicas e não transgênicas que chegam ao mercado", afirma Leitão. "Como os transgênicos são mais rentáveis, fica mais difícil para o produtor encontrar sementes convencionais", diz.

Outro problema é o surgimento de pragas mais resistentes, que surgem apenas em lavouras geneticamente modificadas. O problema tem sido recorrente nos Estados Unidos e já chegou ao Brasil, segundo Ricardo Sousa, diretor executivo da Abrange, entidade que reúne produtores de grãos não transgênicos. "Cerca de 9 milhões de hectares na Região Sul do País estão infectados com a buva, uma erva daninha resistente a herbicidas que persiste nas lavouras transgênicas", relata Sousa.


PERGUNTAS & RESPOSTAS

Eles já estão no mercado

1. O que são alimentos transgênicos?

Os transgênicos - ou organismos geneticamente modificados (OGM) - são produzidos em laboratório por meio da introdução de genes de outras espécies, com o objetivo de atribuir a eles novas características. No caso dos grãos, por exemplo, pode ser gerada uma resistência a determinadas pragas e a condições climáticas adversas, como secas prolongadas.

2. Desde quando alimentos transgênicos são cultivados no Brasil?

No Brasil, o plantio de transgênicos é feito desde 2004 e está sujeito a aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que assessora o governo federal nas questões de biotecnologia.

3. Quais são os argumentos contrários a esse tipo de tecnologia?

Entre eles estão a falta de estudos que comprovem que o consumo desses alimentos não traz riscos à saúde humana e ao meio ambiente e o risco de contaminação de lavouras convencionais pelos genes modificados.

4. Já existem transgênicos no mercado?

Atualmente, existem quatro vertentes de pesquisas referentes ao assunto e duas já chegaram aos supermercados. São as plantas com tolerância aos herbicidas e resistentes aos ataques dos insetos - como soja, milho e algodão - e as com qualidades nutricionais alteradas - como a soja acrescida do aminoácido metionina, nutriente essencial para a saúde.


Andrea Vialli - O Estado de S.Paulo

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Após farsa de clonagem humana, pesquisador diz clonar coiotes

O polêmico cientista sul-coreano Hwang Woo-souk, que em 2005 enganou o mundo ao anunciar uma falsa clonagem de embriões humanos, conseguiu clonar oito coiotes, informou o Governo da província de Gyeonggi, patrocinador de seu trabalho.

Há seis anos, o antigo professor de veterinária da Universidade de Seul foi centro de um escândalo científico ao falsificar parte dos resultados sobre a obtenção de células-tronco a partir de embriões humanos clonados. Hwang reconheceu ter falsificado parte da pesquisa e foi condenado pelo mal uso de recursos públicos, caindo no esquecimento.

Agora o instituto em que Hwang trabalha garante que ele conseguiu clonar com sucesso oito coiotes, conhecidos como chacais americanos e em risco de extinção, transferindo pela primeira vez o núcleo de células somáticas da espécie para óvulos de um cachorro comum.

Os embriões foram introduzidos em fêmeas de cães que deram à luz aos filhotes de coiote, revelou o Governo de Gyeonggi. Hwang e sua equipe trabalham ainda na clonagem de outra espécie de canídeo selvagem africano em risco de extinção. 



Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5417019-EI8147,00-Apos+farsa+de+clonagem+humana+pesquisador+diz+clonar+coiotes.html

domingo, 30 de outubro de 2011

Paraplégico volta a andar após tratamento com células tronco

Seis meses após ser submetido a um tratamento inédito com células-tronco, desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-BA), um policial militar que ficou paraplégico depois de um acidente começou a caminhar com a ajuda de um andador, de acordo com informações do Jornal da Tarde. Em junho deste ano, foi divulgado que ele conseguia movimentar as pernas, agora, o resultado do tratamento evoluiu. 
O PM, que ficou paraplégico  por conta de um trauma raquimedular, lesão que causa comprometimento da função da medula espinhal, foi o primeiro a participar do teste há nove anos. Outras cinco pessoas vítimas de traumas semelhantes foram submetidas, depois dele, ao mesmo tratamento e outras 15 devem passar pelo procedimento até o primeiro trimestre do ano que vem. 
O tratamento da Fiocruz foi realizado em parceria com os Hospitais São Rafael, com o Espanhol e a Universidade Federal da Bahia (Ufba). 

Prós e contras do uso dos transgênicos.

CTNBio Embrapa dizem que a produção dos alimentos transgênicos pode provocar
redução no uso de agrotóxicos.


Greenpeace afirma que houve aumento do uso de inseticidas nos EUA
Embrapa defende que produção de alimentos transgênicos pode amenizar o problema da
fome no país.


Greenpeace diz que produção de transgênicos favorece a agricultura mecanizada,
aumenta o desemprego e piora o quadro social do país.


Representante da Embrapa afirma que são gastos US$ 40 bilhões anuais em agrotóxicos
no mundo, Greenpeace rebate com a informação de que o consumo sde agrotóxicos
cresceu nos EUA, ao contrário das previsões anteriores.


Embrapa diz que há uma melhoria na qualidade do óleo, vitaminas e proteínas das
plantas, que seria similar à do produto convencional, mas o Greenpeace questiona se
tais melhoramentos genéticos deveriam trazer substâncias novas, em vez de apenas as
mesmas informações genéticas do original.


Órgãos de biossegurança têm como ponto de semelhança a incerteza sobre o sobre
reações e efeitos sobre a saúde e impacto ambiental.


Fonte: http://educacao.uol.com.br/atualidades/transgenicos-organismos-modificados-tem-
defensores-e-opositores.jhtm

Dia Municipal em Favor dos Falcêmicos será marcado com panfletagem no Centro de Maceió

Para marcar o Dia Municipal em Favor dos Falcêmicos, instituído nesta quinta-feira (27) por meio de uma Lei 5.974 Municipal apresentada pela vereadora Fátima Santiago (PP), será realizada uma panfletagem no Calçadão do Centro de Maceió. O evento, promovido pelo Hemocentro de Alagoas e a Associação das Pessoas com Hemoglobinopatias de Alagoas (Aphal), acontece das 8h às 17h.

Para isso, será montado um estande próximo ao Já do Centro, onde portadores da doença e uma equipe multidisciplinar do Hemoal, formada por hematologias, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, irão esclarecer a população sobre a Anemia Falciforme. O objetivo da ação, segundo a diretora do Hemoal, Verônica Guedes, é aumentar a visibilidade da doença, que se manifesta, em sua maioria, em afro-descendentes. Segundo dados do Centro de Processamento de Dados (CPD) do órgão, 440 pessoas são portadoras da doença.

A Anemia Falciforme é uma doença hereditária, que provoca uma deformação das hemácias (glóbulos vermelhos), afetando a população afro-descendente e causando lesões no cérebro, pulmões e, principalmente, rins. Por vitimar, principalmente, a população negra, representando cerca de 8% dos brasileiros, a doença é pouco conhecida dos alagoanos, que também desconhecem seus sintomas e o fato dela não ter cura.

“Infelizmente as vítimas da doença são, na sua grande maioria, afro-descendentes, que muitas vezes não possuem condições de realizar o tratamento e sequer sabem que ela existe e como tratá-la. Por isso, realizamos esta ação de conscientização, pois algumas pessoas podem ser vítimas da anemia falciforme, sofrem com seus sintomas e encontrar dificuldade em detectá-la”, explica a diretora do Hemoal.
Detecção - A detecção da anemia falciforme é realizada no Hemocentro de Alagoas (Hemoal), por meio do exame eletroforese de hemoglobina ou de DNA. Ela afeta, principalmente, filhos de casais portadores do traço falciforme, onde há um risco de que 25% deles sejam portadores da doença. Um dos tratamentos é a transfusão sanguínea, que é realizada no ambulatório de Hematologia do Hemoal.

Por esta razão, os hematologistas recomendam que, antes de planejar ter um filho, os casais devem realizar o aconselhamento genético, em que será verificado se o homem ou a mulher possuem o traço falciforme que pode gerar um filho com anemia falciforme. “Após o nascimento do bebê, caso não seja possível realizar o aconselhamento genético ou mesmo se ele for feito, é imprescindível realizar o teste do pezinho, cujo serviço está disponível nas maternidades públicas do Estado”, informou a diretora do Hemoal, Verônica Guedes.

www.primeiraedicao.com.br

Curiosidades sobre o projeto Genoma

- Hoje em dia, um novo gene (com cerca de 12 mil bases) tem a sua sequência decifrada num simples minuto;

- Há cerca de três biliões de letras químicas no genoma. Se este livro fosse lido seria preciso um século para que a leitura fosse concluída. O genoma humano tem o tamanho de 800 Bíblias;

- Se todo o DNA de uma pessoa fosse esticado, seria possível fazer uma viagem de ida e volta ao Sol 600 vezes;

- O projeto genoma requer 3 gigabytes de espaço para armazenamento de dados;
- Quando começou o Projeto Genoma Humano, estimava-se que levaria cerca de 15 anos para seqüenciar os 3 bilhões de pares de base e identificar todos os genes. Mas completaram o trabalho em 13 anos, em 2003, junto com a comemoração do 50º aniversário da publicação do trabalho de Watson e Crick que descreveu a dupla hélice; - Cada segundo o projeto genoma humano decodifica 12.000 letras; - Para o projeto genoma humano, foram coletadas amostras de sangue de mulheres ou espermatozóides dos homens, de um grande número de doadores. Apenas algumas amostras foram processadas, e os nomes permanecem confidenciais, nem os doadores, nem os cientistas sabiam de quem era o DNA seqüenciado;

- O projeto genoma humano gerado pela Celera foi baseado no DNA de amostras colhidas de 5 doadores identificados por raça e sexo. - A grande maioria do DNA do genoma humano- 97%- consiste de seqüências não gênicas, denominadas DNA lixo;
- O DNA humano é 98% idêntico ao DNA do chipanzé;
- A diferença entre dois chipanzés é 4 a 5 vezes maior que a diferença entre dois humanos, a qual é 0,2% ou 1 em cada 500 letras;
- Se duas pessoas começam a recitar seu código genético individual na razão de uma letra por segundo, demora cerca de 8 minutos e meio para aparecer uma diferença;
- Humanos tem aproximadamente 30.000 genes. Para comparar:
uma lombriga tem 19.098 genes
a mosca das frutas tem 13.602 genes
uma levedura tem 6.034 genes
o bacilo da tuberculose tem aproximadamente 4000 genes
Fonte: www.pbs.org/wgbh/nova/genome/facts.html